quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Artista plástico campista exporá trabalhos em Campinas

O artista plástico Ricardo Salgado, exporá no final deste mês seus trabalhos na Unicamp. Ele foi convidado pela organização “Trote da Cidadania pelo Consumo Consciente’, que recepciona os calouros da Unicamp-SP. O evento acontece todo ano e sempre com temas relacionados à cidadania, consumo e meio ambiente. Esse ano, o tema é lixo eletrônico.
O convite surgiu após uma conversa do artista com uma professora da Uenf durante a Exposição Luxo do Lixo que aconteceu em 2009 na Praça do Santíssimo Salvador em Campos dos Goytacazes. De acordo com essa professora, o trabalho de Ricardo Salgado é considerado como Logística Reversa e chamou a atenção de outros professores da mesma universidade.
Após a exposição Luxo do Lixo, o artista expôs seu trabalho durante o verão de 2010 no Farol de São Tomé, graças ao convite do Secretário de Meio Ambiente, Humberto Nobre que já conhecia o trabalho de Ricardo Salgado.
- No ano passado durante o verão, no Farol, o meu trabalho fez tanto sucesso com as crianças e os adolescentes que o secretário renovou o convite para a exposição - informou Ricardo.
Ricardo iniciou suas atividades artísticas há um ano e meio com o objetivo de criar e fazer algo de útil com o lixo eletrônico que havia juntado em sua residência.
- Havia tanto lixo eletrônico que juntei sem querer que um dia resolvi desmontar tudo e de repente as peças soltas praticamente diziam o que elas poderiam ser. Daí surgiu o avião B52 que era lindo, diferente, depois continuei fazendo helicópteros, até iniciar a construção de uma plataforma de petróleo – contou o artista.
E foi a plataforma petrolífera que lhe deu projeção, chamando a atenção de amigos de uma emissora de televisão a cabo, que resolveram mostrar os trabalhos de Ricardo inclusive na internet através do site youtube.
Ricardo informa também que seu trabalho foi citado recentemente com fotos no blog de uma das maiores pesquisadoras na área de Logística Reversa do país, doutora Patrícia Guarnieri.
Com 18 peças produzidas, Ricardo deseja “dar minha contribuição na tentativa de melhorarmos o planeta. No início era isso, agora quero mais, quero ensinar esta técnica que desenvolvi para outras pessoas com o carregador do telefone como fonte de alimentação”.
Seus trabalhos são feitos a partir de restos de placas de computadores, aparelhos de som de diversos tipos, garrafas pet, negativos de raios X, tampas de garrafas pet, além de muitos materiais eletrônicos, e aparelhos domésticos como chapinha de cabelo, secador e uma infinidade materiais, doados por amigos que conhecem seu trabalho e o ajudam, enviando para ele sucatas desses materiais.