quinta-feira, 7 de abril de 2011

Falta de profissionais qualificados atinge 69% das empresas no Brasil

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria aponta que um dos principais obstáculos é a má qualidade do ensino básico
Um relatório divulgado nesta quarta-feira (6/4), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirma a percepção de que encontrar trabalhadores preparados representa hoje um dos principais problemas para as empresas no Brasil. No estudo, que ouviu cerca de 1,6 mil corporações – de pequeno, médio e grande portes –, 69% dos entrevistados afirmaram que enfrentam problemas por conta da falta de profissionais qualificados no mercado.
Sobre o perfil dos profissionais qualificados mais demandados, 94% apontaram para a escassez de técnicos no mercado de trabalho brasileiro.
Entre as alternativas encontradas para reverter esse cenário, a maioria das empresas (78%) disse que mantém programas para capacitar os profissionais dentro da própria companhia. Contudo, 52% dos entrevistados disseram que a má qualidade do ensino básico representa a principal barreira para o sucesso das ações para qualificação dos trabalhadores.
O estudo, que não cita dados específicos do mercado de tecnologia da informação, aponta que a falta de profissionais qualificados está hoje disseminada em praticamente todos os setores da economia.

Ameaças no Facebook infectam perfis de milhares de usuários. Proteja-se!

Descubra quatro formas bastante utilizadas pelos hackers para entrar em sua conta e veja como fugir das armadilhas.
Novas maneiras de cracking estão sendo encontradas no Facebook. De acordo com a Sophos, as principais ameaças na rede social são em forma de convites e, até mesmo, alerta de vírus. Estes malwares vêm, na maior parte das vezes, com spams - aquelas mensagens que são encaminhadas para várias pessoas automaticamente.
Confira as quatro ameaças atuais mais frequentes na rede social:
Algumas páginas contêm links que alegam ter "Mais informações" sobre algum assunto, mas na verdade são links geradores de receita, que levam parte do dinheiro adquirido com publicidade para a caixa de comissões do cracker. Ou seja, ele acaba ganhando dinheiro ao fazer você cair numa pegadinha.
Um exemplo é o "Who blocked you from his friend list ?", que promete mostrar ao usuário quem, na sua lista do Facebook, te bloqueou para visualização de comentários e informações. O golpe já enganou 165 mil pessoas até o momento.
Permissão de aplicativos falsos
Cuidado com aplicativos não confiáveis! Todos os que prometem descobrir quem te visita na rede social e acessar informações bloqueadas de outros perfis são falsos.
Quando o aplicativo é permitido na conta, todos os dados pessoais do perfil são transferidos para o cracker, que também pode aproveitar a invasão para enviar a sugestão do aplicativo para seus amigos. A ameaça se torna viral e compromete as informações pessoais dos membros.
Avisos falsos
Nem sempre os alertas de "Não aceite fulano no seu perfil!" são reais. Por mais que não existam links com malware, muitas vezes trata-se de um hoax (aviso falso). Portanto, se não quiser cair em uma farsa, verifique os fatos antes de publicá-los.
Imagens e caricaturas divertidas
Mais de 600 mil pessoas caíram nas promessas de imagens divertidas do Photoshop, caricaturas virtuais e outros. Podendo vir em forma de aplicativo, link e outros, o hacker consegue acessar o perfil do usuário, que pode ter sua conta comprometida.

Empresas já podem fazer Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da Cofins

Desde o dia 1º de abril, esta disponível no sitio da Receita Federal do Brasil a versão 1.0.0 do Programa Validador e Assinador (PVA) da Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep  e da Cofins (EFD-PIS/Cofins), instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho de 2010.
De acordo com a IN a Escrituração Fiscal Digital do PIS/Pasep e da Cofins deve ser efetuada obrigatoriamente pelas pessoas jurídicas sujeitas à apuração das referidas contribuições sociais, no regime não cumulativo, em relação:
- Aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2011: Pelas pessoas jurídicas que estiveram submetidas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado no ano-calendário de 2010, nos termos da Portaria RFB nº 2.923, de 16 de dezembro de 2009, e que apuraram o Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real. A EFD-PIS/Cofins deve ser entregue até o 5º dia útil do segundo mês subseqüente à ocorrência dos fatos geradores. A Escrituração referente ao período de apuração Abril/2011 tem o seu prazo de transmissão até 07 de junho de 2011;
- Aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2011: Pelas demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real (exceto as entidades financeiras e demais pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718/98). A EFD-PIS/Cofins deve ser entregue até o 5º dia útil do segundo mês subseqüente à ocorrência dos fatos geradores. A Escrituração referente ao período de apuração Julho/2011 tem o seu prazo de transmissão até 08 de setembro de 2011.
A Receita Federal esclarece que a não apresentação da EFD-PIS/Cofins, nos prazos fixados, acarretará a aplicação de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração.
A versão 1.0.0 do PVA está sendo disponibilizada para funcionar em ambiente Windows e Linux, podendo ser baixada a partir do sitio da Receita Federal do Brasil, no Portal de Serviços do Sped, pasta "Sped Fiscal - PIS/Cofins", opção "Download".
Também está disponível para download no mesmo endereço eletrônico o Guia Prático da EFD PIS/Cofins, que auxiliará os contribuintes a gerar o arquivo em caso de dúvidas, contendo orientações sobre o leiaute exigido e as regras de preenchimento dos campos.

Pressão para INSS pagar teto - Justiça, Ministério Público e aposentados se reúnem dia 14 para discutir ação civil pública

Representações de aposentados e pensionistas do INSS, da Justiça e do Ministério Público Federal voltarão a se reunir, na semana que vem, para discutir a proposta de ação  civil pública que obriga o instituto a pagar administrativamente, e de imediato, a revisão e as diferenças do teto para 131 mil segurados que se aposentaram de 1991 a 2003. A reunião será no dia 14 deste mês, em São Paulo. A ação pretende fazer com que a Previdência ressarça, via liminar, beneficiários que aguardam justiça há mais de 20 anos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini, que se reuniu ontem com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, para discutir o assunto, a falta de pronunciamento oficial levou à mobilização da própria Justiça. “Representantes do Judiciário não querem congestionamento dos tribunais com ação que o segurado já tem o direito reconhecido. Vamos nos reunir no próximo dia 14 para avançar nessa proposta. O ministro havia pedido para a gente esperar, mas não temos uma posição oficial. O ministério está à espera da Advocacia-Geral da União (AGU)”, explicou.
Pesa agora dúvida sobre a determinação para o pagamento das ações do teto, porque a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito à correção de até 39,35% para quem contribuiu acima do teto e se aposentou entre 1991 e 2003. A proposta de pagamento administrativo está pendente e pode não ser viável. Em 14 de fevereiro, ministros do STF publicaram acórdão de Repercussão Geral, que ordena o pagamento na Justiça para todas as ações similares, mas não publicaram uma súmula, que regulamenta o pagamento administrativo.
Isso significa que todos os segurados que tiverem direito à revisão e aos atrasados terão que ir à Justiça. “Pode-se dizer que isso é uma contradição. Se o direito é reconhecido, não há porque esperar que os segurados entrem com ações individuais, aumentando o número de processos contra o INSS, que oneram a União. O ideal é que esses segurados tenham o direito reconhecido administrativamente”, comentou o defensor público federal André Ordacgy.
Previdência concentra 46% dos casos da Defensoria
A maior demanda da Defensoria Pública da União (DPU) atualmente é de assuntos ligados ao INSS. Em 2010, a procura atingiu 46,6% da busca de assistência jurídica. O órgão registrou mais de 1 milhão de atendimentos no ano passado, com aumento de 23,7%, na comparação com 2009. O número de pessoas que receberam assistência jurídica ano passado atingiu 378.176. Os dados são da Coordenação de Planejamento, Orçamento e Finanças (Copof).
Um exemplo é o procedimento da DPU, que propôs ação civil pública contra o INSS e obteve liminar que protegeu 2.022 viúvas que herdaram benefícios com valores acima do teto. Elas receberam cartas do instituto que informavam a cobrança de valores que foram considerados pagos indevidamente nos últimos cinco anos.
Ontem, O DIA divulgou que a DPU receberá denúncias pelo e-mail dpu.tetoinss@gmail.com. Segundo o órgão, segurados que não se enquadram no caso da ação dos pensionistas também estão tirando dúvidas por meio deste canal.
Leilão de bens de fraudadora já tem data
A pedido da Advocacia-Geral da União, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) marcou data para o leilão de seis imóveis da fraudadora do INSS Jorgina de Freitas. Será no dia 13 deste mês, no tribunal, às 15h. Se os imóveis não forem todos vendidos, haverá um segundo leilão, marcado para o dia 27.
O Núcleo de Ações Prioritárias da Procuradoria Regional Federal da 2ª Região (PRF2), que representa o INSS, estima que será possível recuperar R$ 2 milhões para ressarcir os cofres públicos. Até agora, a ação do grupo recuperou US$ 11 milhões.
Banco Mundial quer reforma
O envelhecimento da população brasileira fará com que os gastos com Previdência no Brasil saltem dos atuais 10% para 22,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2050. O estudo ‘Envelhecendo em um Brasil Mais Velho’, divulgado ontem pelo Banco Mundial (Bird), aponta a necessidade de reforma do sistema, nos mesmos moldes de 1999 (quando foi criado o fator previdenciário) e de 2003 (com as mudanças na previdência do serviço público).

Até o fim do século, Rio enfrentará mais fortes temporais

Os fortes temporais que provocaram catástrofes no Rio de Janeiro nos dois últimos verões devem se tornar cada vez mais intensos e frequentes até o fim do século. O prognóstico faz parte do estudo ‘Vulnerabilidade das Megacidades Brasileiras às Mudanças Climáticas: Região Metropolitana do Rio de Janeiro’, que será apresentado hoje no Palácio da Cidade. Além do aumento das chuvas, a pesquisa aponta que a capital e municípios vizinhos devem se preparar para outras alterações significativas no clima e na paisagem como aumento da temperatura em quase cinco graus e elevação do nível do mar.
Embora trabalhe com projeções para até 2099, o relatório destaca áreas críticas onde consequências das mudanças climáticas poderão ser sentidas em 20 anos. Caso da Baixada de Jacarepaguá, litoral de São Gonçalo e Guapimirim. Esses locais devem sofrer com a elevação do nível do mar, que dever ser de meio metro até 1,5 metro.
“Essas regiões merecem atenção especial, com monitoramento permanente e obras de engenharia. O patrimônio público e privado estará garantido mas vai exigir tecnologia, sistemas de dragagem. Técnicas conhecidas, mas que exigem custos e têm que ser planejadas”, explica um dos coordenadores do estudo, Sérgio Besserman, presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio.
Outro desafio da região será a adaptação às temperaturas mais altas. A maior máxima passará dos 33 graus para até 38 ao longo dos próximos 89 anos. O índice de chuvas se elevará, tornando o clima ao mesmo tempo mais quente e úmido.
MENOS DIAS FRIOS
Também haverá redução no número de dias frios. Hoje 167 dias por ano têm a temperatura mínima acima dos 20 graus, mas até 2099 serão 311 dias, o que significa que haverá apenas 54 dias de temperaturas abaixo dos 20 graus. “Isso vai exigir atenção aos extremos de calor. O aumento das mínimas traz impactos significativos: por exemplo, aumenta a quantidade de dias do ano com temperatura adequada à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Um problema concentrado no verão poderá se estender por primavera e outono”, destaca Besserman.
Ele acredita em medidas preventivas para amenizar os impactos das inevitáveis: “Não é possível evitar o aquecimento global. Mas é possível evitar os piores cenários. Existem impactos, mas todos viáveis de serem enfrentados com planejamento. O estudo é o primeiro passo para iniciar um trabalho a longo prazo”.
Mudanças à vista em cartões-postais cariocas
Desenvolvida por 29 pesquisadores da UFRJ, Uerj, Fiocruz e Prefeitura do Rio, a pesquisa indica que alguns cartões-postais do Rio conhecidos mundialmente devem sofrer com os impactos das mudanças do clima. As praias do Leblon, Ipanema e Arpoador devem ter a faixa de areia reduzida. O mesmo efeito deve atingir trechos da orla da Região Oceânica de Niterói. As ressacas devem se tornar mais severas, atingindo calçadões e até prédios da orla. O estudo sugere o engrossamento das praias com a colocação de areia.
Trechos que conservam espécies da Mata Atlântica devem sofrer redução de 25% a 50%. Na Baixada Litorânea, região onde estão municípios como Maricá e Silva Jardim, a tendência é que florestas se transformem em ‘savanas’, com redução do porte e da densidade das plantas.
Os impactos também devem atingir espécies de peixes da Baía de Guanabara e símios que habitam a Serra dos Órgãos.

STF decide que piso salarial para professores é constitucional

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira que é constitucional a fixação do piso salarial para professores da rede pública de ensino. A maioria dos ministros entendeu que o piso deve ser composto apenas pelo vencimento básico, sem levar em consideração os benefícios adicionais, como vale-refeição e gratificações.
Os ministros, no entanto, ainda não formaram consenso sobre o regime de trabalho dos professores fixado na lei 11.738 de 2008, que criou o piso. A questão será discutida na próxima semana. O Supremo vai avaliar se é constitucional o artigo da lei que determina a dedicação de um terço da jornada de trabalho de 40 horas por semana seja para atividades extraclasse, como estudo e planejamento das aulas.
O adiamento foi provocado porque não se criou a maioria necessária de seis votos para este ponto. Os ministros decidiram esperar o presidente da Corte, Cezar Peluso, que está em viagem oficial. Alguns ministros argumentaram que seria ilegal a determinação para que 33% da carga horária dos professores fosse dedicado ao estudo e ao planejamento das aulas porque isso seria uma atribuição de Estados e municípios.
A legalidade da lei que criou o piso foi decida durante julgamento de uma ação direta de inconstitucionalidade proposta pelos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará.
Os governos alegavam falta de previsão orçamentária correspondente ao aumento salarial e à contratação de professores para suprir a mudança da jornada de trabalho prevista pela lei do piso. Os Estados ainda pediam a possibilidade de contabilizar no valor do piso as vantagens recebidas pelos professores.
Atualmente, o piso dos professores é de R$ 1.187,97 mensais para 40 horas por semana. Esse valor, segundo o Ministério da Educação, é 16% maior que o anterior, em vigor desde janeiro de 2009. Na época em que a lei foi editada, o piso salarial foi fixado em R$ 950.
Relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa defendeu que não houve invasão de competência da União ao fixar o piso. O ministro criticou o alegado problema de caixa. "Duvido que não haja um grande número de categorias de servidores, que não esta, que tenha rendimentos de pelo menos 10, 12, até 15 vezes mais que esse piso. Para essas categorias, jamais essas questões orçamentárias são levadas em conta", disse.
Também votaram a favor da manutenção do salário mínimo os ministros Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Ellen Gracie, Celso de Mello e Ayres Britto e Gilmar Mendes.
Apenas o ministro Marco Aurélio Mello votou contra a manutenção do piso. "É inimaginável a União legislar sobre serviço em área geográfica de Estados e municípios".
A vice procuradora-geral da República, Debora Duprat, também abordou os problemas financeiros dos Estados no julgamento e lembrou que há previsão para que a União complemente os gastos com o piso. "Ninguém pode ignorar que nesse país tivemos situação de professores recebendo menos de R$ 100 por mês em alguns lugares. Os impactos decorrentes dessa necessidade de valorização [piso] do professor para se chegar de fato ao ensino de qualidade seria suportada pela União".
Ao defender a lei, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que no ano passado 40 municípios pediram complementação para o pagamento do piso, enquanto em 2009, 20 cidades recorreram ao fundo.
Para o presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação), Roberto Leão, o julgamento do Supremo representou um grande avanço para a categoria ao fixar que o piso não inclui os benefícios. "Do ponto de vista da concepção do piso não ser composto pela gratificação, já foi uma grande vitória", disse.

Mega-Sena acumula e pode pagar prêmio de R$ 33 milhões

Nenhum bilhete acertou as seis dezenas do concurso de número 1.272 da Mega-Sena, sorteado na noite desta quarta-feira (6), e o prêmio acumulou em R$ 33 milhões para o próximo concurso, que será realizado no sábado, segundo estimativa da Caixa Econômica Federal.
Os números sorteados em Pindamonhangaba (SP) foram: 13 - 26 - 27 - 28 - 35 - 52.
De acordo com a Caixa, 113 apostas acertaram a quina e vão receber R$ 22.189,35 cada uma. A quadra vai pagar R$ 372,11 para cada um dos 9.626 bilhetes ganhadores.
A Mega-Sena realiza sorteios duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio. A aposta mínima --seis números-- custa R$ 2.

Médicos de planos de saúde fazem paralisação em todo o país

Reajuste dos valores pagos pelos honorários e fim da interferência na relação médico/paciente. Essas são as principais reivindicações dos médicos de planos de saúde que realizam nesta quinta-feira, Dia Mundial da Saúde, paralisação com suspensão de consultas e procedimentos eletivos e manifestações em diversas capitais. Os atendimentos emergenciais serão feitos. A coordenação do movimento - Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) - espera uma adesão significativa dos 160 mil profissionais que atendem aos 45 milhões de usuários no país.
- É grande o descontentamento dos médicos, por isso, esperamos uma grande adesão ao movimento. As operadoras pagam, em média, de R$ 35 a R$ 40 por uma consulta. Toda a lógica é em cima do custo, monitoração de exames, internações... A lógica não é a da saúde. Lidamos com uma questão ética - diz Aloísio Tibiriçá, presidente em exercício do CFM e um dos coordenadores do movimento.
A paralisação dos médicos tem o apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e da Proteste - Associação de Consumidores. As entidades destacam, no entanto, que os atendimentos de urgência precisam ser garantidos, assim como reagendamento das consultas e procedimentos.
Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), afirma que a demanda dos médicos não se reflete na percepção dos beneficiários sobre os serviços dos planos de saúde. Em pesquisa encomendada pelo instituto ao Datafolha, 86% elogiam o atendimento médico e 85% o dos exames:
Carneiro se baseia nos dados divulgados pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que congrega 15 grupos de operadoras, de que o reajuste médio das consultas, entre 2002 e 2010, variou de 83,33% a 116,30%. A federação diz que está em estudo um novo modelo de remuneração.

Dados do Ministério da Saúde apontam que Rio concentra casos graves de dengue do país

O Aedes aegypti pode ser minúsculo, mas os estragos que provoca são gigantes - pelo menos no Estado do Rio. Já são 35.274 os casos de dengue registrados desde o início do ano. Como se não bastasse o grande número de doentes, o mosquito transmissor tem sido também mais cruel com suas vítimas fluminenses: segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado na quarta-feira, dos 2.208 casos graves confirmados em todo o país, 1.064 aconteceram justamente no Rio. Os moradores de outros estados do Sudeste tiveram mais sorte: Minas registrou 34 casos graves, São Paulo computou 56 e o Espírito Santo, 106.
Segundo os dados do Ministério da Saúde, o Rio também está em situação sofrível em relação ao número de mortos: enquanto os óbitos caíram 64% em todo o país no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2010, o Rio teve aumento de 73%. O Ministério levou em conta os 19 óbitos registrados até a semana passada, mas o problema é ainda mais grave: dados mais atualizados, divulgados ontem pela Secretaria estadual de Saúde do Rio, mostram que o estado já teve 27 mortes por dengue desde janeiro. Em 2010, no primeiro trimestre, foram 11.
- A gente teve um aumento  no número de casos, então, proporcionalmente, houve mais mortes. Não é aceitável ter mortes, mas não houve um crescimento - diz Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria estadual de Saúde.
Sete municípios ainda enfrentam surto
Segundo ele, os casos graves na capital equivalem a 3,7% do total de doentes, uma média semelhante a de outros anos. Atualmente, sete municípios ainda enfrentam surto de dengue: Cantagalo, Cordeiro, Silva Jardim, Guapimirim, Mangaratiba, Cabo Frio e Iguaba Grande. De acordo com Chieppe, quase todos apresentam tendência de queda nos números.
Uma das exceções é a capital, que na quarta-feira tinha registrado 16.706 casos desde janeiro. Na última segunda-feira, eram 14.720 notificações. Isto significa um aumento de quase dois mil casos em 48 horas - como se o mosquito infectasse 41 pessoas no município do Rio a cada hora, em média.
- A capital tem uma área muito grande. Alguns bairros apresentam queda, outros não - diz Chieppe.
A Secretaria municipal de Saúde afirmou que as notificações têm atraso e que alguns casos de março são de pessoas infectadas em fevereiro.

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DESTA QUINTA-FEIRA, 7 DE ABRIL DE 2011.


JORNAL O DIÁRIO
- Mais de 9 mil vagas para os Correios
- Vigilantes não têm solução e greve continua
- Inflação aumenta para baixa renda
- Procura por crédito tem alta de 12,9%

FOLHA DA MANHÃ
- Até o momento do fechamento desta edição o Jornal não havia atualizado seu site.

JORNAL O GLOBO
- Petrobras prevê aumento da gasolina. Mantega nega.

JORNAL EXTRA
- Procura-se Prefeito de Niterói é o último desaparecido do Bumba

JORNAL O DIA
- Tráfico ocupa prédio do PAC e faz até ‘puxadinho’
- Fogão e Vascão vencem e Flu perde
- INSS: Justiça pressiona pó atrasados de aposentados
- Relatório aponta que tempestades serão comuns e Rio ficará 5 graus mais quente

FOLHA DE SÃO PAULO
- Petrobras agora admite que gasolina pode subir
- Tribunal anula licitação para limpeza do Tietê
- Congresso decide suspender novas concessões de TV

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