segunda-feira, 18 de abril de 2011

Garotinho acusa ex-diretor da PF de comandar esquema de superfaturamento

O deputado Anthony Garotinho (PR/RJ) denunciou esta semana no Plenário da Câmara dos Deputados, a existência de um complô armado por "arapongas" ligados ao ex-secretário Nacional de Segurança Pública e ex-diretor geral da PF, delegado Luiz Fernando Corrêa. De acordo com Garotinho, agentes ligados ao policial estariam por trás da interceptação telefônica (escuta) ilegal de diversos telefones da Prefeitura de Campos – a esposa de Garotinho, Rosinha é a prefeita - e até de sum dos seus filhos. As escutas seriam uma forma de intimidar Garotinho, para que ele pare com as presões sobre Luiz Fernando Corrêa.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara abriu um debate sobre o comportamento do ex-diretor-geral da PF. A Comissão aprovou esta semana requerimento no qual o Legislativo solicita ao Ministério Público Federal dos estados do Paraná e de Santa Catarina uma cópia do inquérito civil movido contra Corrêa e a empresa DIGITRO.
Durante a gestão de Corrêa à frente da Senasp, a União adquiriu, com dispensa de licitação, junto à DIGITRO, mais de R$ 50 milhões em equipamentos de escuta telefônica. Como a transação envolveu recursos públicos, o Ministério Público Federal de Santa Catarina abriu uma investigação que aponta para a DIGITRO e ainda para a própria Polícia Federal. O inquérito foi aberto com base na suspeita da existência de irregularidades na aquisição dos equipamentos que compõem o sistema de escuta conhecido como Guardião.

Fonte: Assessoria do Deputado Federal Anthony Garotinho