Mostrando postagens com marcador informação notícia educação defensoria linguagem informal enem campos goitacazes pauloourives. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador informação notícia educação defensoria linguagem informal enem campos goitacazes pauloourives. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Defensoria: linguagem informal aceita em livro do MEC deve alterar correção do Enem

“Nós pega, ou nós pegamos o peixe?”. Essa é uma das perguntas que a Defensoria Pública da União quer que o MEC responda formalmente em, no máximo, 15 dias. Depois da polêmica aberta pela indicação oficial de um livro que prega o ensino da linguagem informal nas escolas, a Defensoria entende que o governo abre precedente para que todo o sistema educacional seja revisto, inclusive os critérios de correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para o defensor federal André Ordacgy, o MEC precisa se decidir pelo ensino da norma culta ou pela linguagem informal.
— A nossa impressão inicial é de que se você incentiva a leitura de um livro que traz incorreções como “nós pega o peixe” nas escolas, como é que o MEC vai cobrar a norma culta em seus próprios procedimentos, como por exemplo, no Enem? De imediato isso já nos parece uma grande contradição — afirmou.
A pedagoga e mestre em educação Miriam Paúra acredita que, se o MEC não mudar a sua posição, as avaliações dos estudantes terão que ser revistas:
— Se hoje alguém escreve do jeito que eles estão aceitando, está errado, o julgamento não será correto. Se passarem realmente a aceitar essa linguagem, é para nós, professores, revermos nossas posições. As pessoas que têm menos condições sociais e econômicas podem acabar perdendo a oportunidade de aprenderem a norma culta. Acredito que o MEC irá rever essa posição.
Em nota, o MEC explicou que decidiu não recolher o livro “Por uma vida melhor”, da coleção “Viver, aprender”, porque a autora não acata a linguagem oral em detrimento da norma culta. Segundo o MEC, o livro apenas reconhece a norma vulgar e propõe que os alunos aprendam a converter conversas coloquiais na chamada norma culta.
Fonte: Jornal Extra