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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Celular está proibido em banco

Lei veta uso dos aparelhos dentro de agências para evitar roubo e gera polêmica
Quem esquecer uma senha ou o número da conta na hora de fazer alguma transação nas agências bancárias do Estado do Rio de Janeiro não poderá mais pedir ajuda pelo celular. A Alerj aprovou ontem a Lei 5.939/11, que proíbe a utilização de palmtops, radiotransmissores, celulares e aparelhos semelhantes dentro dos bancos. O uso desses aparelhos por funcionários das agências também está vetado. A medida não agradou aos clientes e dirigentes bancários.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) vai enviar a lei para suas comissões jurídica e de segurança para avaliar o que pode ser feito para evitar a medida.
Segundo o deputado estadual Domingos Brazão (PMDB), autor da lei, a proibição pode ajudar a diminuir os assaltos praticados após saques em bancos, também conhecidos como saidinhas. “Uma pessoa que está na agência descreve pelo celular, para alguém do lado de fora, como a vítima está vestida e onde colocou o dinheiro. É um crime violento”, afirma Brazão.
Para a operadora de telemarketing Laudiceia Melo, 28 anos, a medida não evitará assaltos. “Se eu estiver na agência e acontecer um imprevisto, não vou poder usar o celular. Para mim, isso não vai adiantar nada, só vai privar as pessoas”, protestou.
BIOMBO PARA ALTO VALOR
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar, acha que a nova lei não vai ajudar a diminuir o número de assaltos a clientes. Além disso, alega que a lei foi criada sem que a instituição fosse ouvida. “Essa modalidade de crime é praticada desde antes do uso massivo do telefone celular. Nós temos um anteprojeto que prevê a instalação de biombos impedindo a visualização das filas e de um recuo nos caixas de atendimento para evitar que os clientes sejam vistos realizando saques de altos valores”, contou.
Hoje, o Sindicato dos Bancários pretende apresentar seu projeto, em reunião com o prefeito Eduardo Paes, para tentar implantá-lo nas agências da capital.
Redução de 30% de roubos em Curitiba
A Lei 5.939 prevê que os funcionários e vigias dos bancos sejam responsáveis pelo cumprimento da regra dentro das agências. Segundo o deputado Brazão, a proibição de uso de celulares em bancos reduziu em 30% o número de casos de saidinhas de banco em Curitiba (PR).
Para o diretor técnico na Federação Brasileira dos Bancos, Wilson Gutierrez, o texto apresentado vai contra a Lei 7.102/83, que descreve a função dos vigias. “Além disso, alguns clientes usam palmtops para se comunicar e para complementar as suas atividades dentro das agências”, comentou.
Gerentes de agências especiais usam celulares da empresa para serem contactados mais facilmente por clientes.