quinta-feira, 21 de abril de 2011

2011, um ano de oportunidades: você está preparado para agarrá-las?


Vencer essa competição por talentos
demandará atender diferentes necessidades
e expectativas de uma força de trabalho cada
vez mais diversificada
Pesquisa aponta que contratações crescerão e desenvolvimento de talentos mudará ao longo deste ano
Como resultado de medidas que foram tomadas nos últimos três anos, muitas organizações reestruturaram suas operações e se consideram prontas para seguir em um cenário de crescimento neste ano. A conclusão consta em uma pesquisa da consultoria especializada em gestão de talentos e carreira Right Management, que ouviu associados em seus escritórios em mais de 50 países.
De acordo com a consultoria, o crescimento será influenciado por quatro tendências principais: o desenvolvimento da força de trabalho, o bem-estar como prioridade por meio do uso da tecnologia, a capacitação de pessoas, além do trabalho virtual e novas formas de construir confiança.
Desenvolvimento da força de trabalho
Segundo a pesquisa, 84% dos empregados consideram aceitar novas oportunidades de emprego em um cenário de melhora da economia. Esse número era de 60% na pesquisa realizada em 2009.
A pesquisa também aponta que os funcionários estão mais insatisfeitos e infelizes no trabalho. Três em cada quatro relataram que trabalham mais de quarenta horas semanais, com frequência. Quase 20% dizem que raramente confia nos seus gerentes para as melhores decisões e 57% confiam ocasionalmente
Uma das formas de resolver esse problema, segundo a pesquisa, é fornecer aos profissionais oportunidades no desenvolvimento da carreira, valorizando os indivíduos e mostrando essa valorização de cada um dentro do sucesso da organização.
Para a diretora de Desenvolvimento da Right Management Brasil, Márcia Palmeira, no Brasil, essa realidade é ainda mais presente. “Temos percebido o movimento das empresas no sentido de integrar as pessoas na estratégia do negócio, compartilhar projetos e inseri-las nos projetos das corporações, isso em todos níveis hierárquicos. O mercado brasileiro está muito aquecido e quando falamos de estar satisfeito, temos que pensar que os profissionais devem estar engajados com a empresa e com a sua própria atividade”, analisa.
Para que a empresa alcance o grau desejado desse engajamento, Márcia acredita que os funcionários devem entender a contribuição que eles estão dando para o futuro da corporação. “O ponto mais importante é que exista essa identificação da contribuição dada na empresa, os valores pessoais linkados com os valores da corporação e que o profissional vislumbre possibilidades de crescimento, não apenas salarial, mas de carreira”, explica Márcia.
Capacitação de pessoas
De acordo com o levantamento, 56% de funcionários, gerentes ou superiores já foram abordados para discutir oportunidades de trabalho por outras empresas. A avaliação da pesquisa é que, para acelerar o crescimento, as organizações tentarão preencher as lacunas de talentos com remunerações seletivas - trazendo vantagens especiais para talentos do mercado.
 “O que deve ser pensado é que capacitação não é uma ação instantânea. A preparação deve ser pensada com o olhar voltado para o futuro, uma estratégia de longo prazo, formando os profissionais já pensando no papel que eles terão na organização daqui a algum tempo”, orienta Márcia.
A consultora lembra que mesmo que a capacitação e formação de talentos dentro das companhias seja um processo oneroso, ainda é muito mais eficiente e acessível do que ter que buscar esses profissionais qualificados no mercado de trabalho posteriormente. Claro que também é mais trabalhoso, porque é necessário conhecer as competências e anseios de cada um dos profissionais da equipe, mas compensa”, analisa a diretora de desenvolvimento da Right Management Brasil.
Bem-estar como prioridade por meio do uso da tecnologia
Segundo o levantamento, funcionários de 25 a 35 anos são os mais abordados por outras empresas. A análise da Right é que vencer essa competição por talentos demandará atender diferentes necessidades e expectativas de uma força de trabalho cada vez mais diversificada.
 “É inevitável falarmos da geração Y nesse contexto. As pessoas que nasceram nesse mundo virtual têm outras formas de comunicação, e precisamos nos habituar a essa realidade. Para isso, é importante transformar a tecnologia existente em benefícios para os próprios profissionais, em questões como sua rotina e sua satisfação com a atividade”, alerta Márcia.
A análise da Right é que os profissionais buscam flexibilidade em relação a como, quando e onde trabalham, além de oportunidades relevantes no avanço de suas carreiras. A análise é que uma força de trabalho saudável e feliz tem melhor desempenho dentro da organização.
Trabalho virtual e novas formas de construir confiança
Setenta e cinco por cento dos funcionários relatam que algumas atividades de sua empresa já são realizadas virtualmente, e 45% preveem um aumento dessas tarefas em 2011. A conclusão da pesquisa é que as inovações tecnológicas já estão oferecendo uma nova realidade em muitos locais de trabalho.
“Já temos previsões que em algumas regiões de São Paulo, o deslocamento deve se tornar praticamente inviável daqui a três anos. A questão da flexibilidade, do trabalho através da internet e da comunicação virtual já está presente na realidade. Além do custo envolvido no deslocamento, existe uma questão de satisfação pessoal. É um processo inevitável”, avalia Márcia.