Acordo fechado por governo, deputados estaduais e empresários vai retirar da lei que aumenta o piso regional do Rio a retroatividade a janeiro. A lei será votada hoje, na Assembleia Legislativa (Alerj), com o salário reajustado em 9,86% — 3% a mais do que a proposta original do governo do estado.
Trabalhadores deixarão de receber valores referentes aos primeiros três meses do ano. O total vai de R$ 166,47, para a faixa 1 (rurais), até R$ 446,70, da faixa 9 (Nível Superior). Mas essa diferença será atenuada pelo fato de a negociação inicial ter previsto valor de reajuste bem abaixo — 6,86% — do que o que deverá ser aprovado hoje.
O aumento valerá a partir da sanção do governador Sérgio Cabral e não mais de 1º de janeiro, como previa a lei anterior. Essa alteração foi antecipada quarta-feira passada pela Coluna Informe do DIA e confirmada ontem pelo presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), após conversa, em separado, com representantes das centrais sindicais e empregadores.
“Buscamos atender aos trabalhadores sem prejudicar os empresários neste momento”, disse Melo, referindo-se ao índice maior que os 6,86% inicialmente previstos, reivindicação dos trabalhadores. Mas pagar atrasados geraria dívida pesada para empregadores urbanos e rurais, ponderou.
“É ruim perder dinheiro, mas o mais importante é que o aumento foi definido”, afirmou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Rio, Carli Maria dos Santos. O piso da categoria será elevado de R$ 581,88para R$ 640,24. O novo projeto também acrescenta mais classes às faixas salariais.
Fonte: Jornal O Dia
