quarta-feira, 20 de abril de 2011

Copa do Mundo vai gerar 50 mil vagas para vigilantes

A escolha do Rio como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 não é só um prato cheio para os amantes do futebol. É também sinônimo de oportunidades. Nesse contexto, um setor se destaca: o de segurança privada. Mais de 50 mil profissionais devem ser empregados em todo o país. No Rio, esse número pode chegar a 18 mil.
O aumento da demanda é uma exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI), que prevê que, em cada estádio, aproximadamente três mil vigilantes sejam responsáveis pela segurança. Eles serão treinados para atuar em conjunto com as polícias Federal e Militar.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio (Sindesp-RJ), nos últimos três anos, a demanda por vigilância particular no estado tem crescido em torno de 15% a 20% ao ano:
Ainda segundo o presidente do Sindesp-RJ, Frederico Crim Câmara, a expectativa é que o mercado continue se expandindo, mesmo depois da Copa.
— Com a Copa e as Olimpíadas, o Rio deve fortalecer seu turismo. O serviço de vigilância está num momento de excelentes perspectivas e não deve estagnar tão cedo — defende Frederico Crim Câmara.
Atualmente, o salário de um vigilante varia de R$ 800 a R$ 2.500, dependendo de seu grau de especialização. Os profissionais precisam ser certificados e reciclados a cada dois anos. No estado, há 12 cursos credenciados pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça.
Extensão é diferencial
Segundo o coordenador do Alcancy Curso de Formação de Vigilantes, Daniel Antônio Toledo, mais do que a preparação técnica e operacional, o mercado de segurança exige formação cada vez mais abrangente, com ênfase nos treinamentos psicológicos e de atendimento ao público. No caso de eventos internacionais, como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, até o aprendizado de um novo idioma pode ser um diferencial.
— Damos treinamento para profissionais lidarem com pessoas e com os equipamentos mais modernos do mercado. Não basta formar vigilantes, mas profissionais completos de segurança — diz.
Foi em busca de satisfação pessoal e com a expectativa de bons salários que Aurélio Pereira Martins, de 33 anos, abandonou o emprego como analista de sistemas para ingressar no mercado da segurança particular. Além da formação básica de vigilante, ele está fazendo diferentes cursos de extensão na área:
— Para entrar no mercado, é preciso se qualificar. Já penso na demanda da Copa e das Olimpíadas e, por isso, estou me preparando ao máximo.
Fonte: Jornal Extra