segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Opinião - A inoperância de um secretário

É inacreditável que um gestor público tenha em seus quadros uma pessoa tão incapacitada para administrar a máquina pública do que um certo secretário, que não conhece as leis trabalhistas.
Inaceitável, é a forma com que ele ilude os trabalhadores. Pessoas de boa índole, que desejam tão somente trabalhar e ter seus proventos, para subsidiar os custos de alimentação, moradia, saúde, vestuário, transportes, saúde, educação e aperfeiçoamento profissional.
Estranhamente esse secretário irá ao final do ano, abdicar de sua cadeira (que ele nunca deveria ter aceito, já que é incapaz), para querer sentar em uma cadeira do Legislativo.
Depois de tantas promessas não cumpridas, a certeza que fica é a de que esse secretário não possui moral suficiente, para solicitar votos da população. Uma vez que não consegue cumprir com sua palavra e suas promessas demagógicas.
Uma pessoa que promete, têm de cumprir com sua palavra, do contrário, não será mais visto pela sociedade como uma pessoa de caráter e reputação ilibada. Se bem que, há algum tempo atrás (e não faz muito tempo assim), um desses blogs da rede de fofocas, já havia questionado o seu caráter. O mais triste ainda, é que uma outra pessoa, de dentro da prefeitura também havia assinado os adjetivos que o blogueiro (de fofocas) havia feito.
De acordo com jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, o administrador ou empregador que deixa de pagar o salário do funcionário, frustra-lhe as expectativas de administrar os proventos para pagamento de impostos e das necessidades básicas que todo cidadão possui.
Já trabalhei em empresas grandes, médias e pequenas na cidade de Vitória. E em nenhuma delas, ouvi dos administradores a promessa de que iriam providenciar um contrato de trabalho. O Contrato de trabalho era assinado no ato. No primeiro dia em que me apresentava para trabalhar. A exceção foi em relação ao emprego na C&A Modas Ltda. Onde fui intimado a assinar meu contrato de trabalho com a C&A (trabalhava para a Gelre, uma prestadora de serviços da empresa), porque eu relegava o gerente geral da loja ao segundo plano, quando os clientes me procuravam solicitando informações sobre os produtos vendidos naquela loja do centro. Daí o fato de no quarto dia, ser intimado a comparecer a gerência para assinar o Contrato de Trabalho com essa empresa, das quais guardo boas lembranças, principalmente por sua organização, e a liberdade que todos os vendedores e funcionários tinham de acessar o gerente e comunicar-lhe oralmente o que víamos e o que achávamos que não estava de acordo com a boa prática de venda de serviços e utilidades para os clientes externos e internos.
De todas as empresas que trabalhei só processei duas na justiça. Uma foi o Banco Itaú, e a outra a WS Informática, onde trabalhava como Digitador Profissional.
Mas em cada uma delas adquiri conhecimentos necessários sobre a prática administrativa e sobre a legislação trabalhista principalmente na WS. Pois após verificar que ela não praticava uma política de bom relacionamento com seus funcionários, resolvi processá-la. E neste caso acompanhei todo o processo, pois vivia com a CLT embaixo do braço, e debatia com meu advogado, cada um dos itens do meu processo. Ao final de seis anos, venci a batalha, e não me curvei as tentativas de acordo que a empresa me propunha.
Pena que a sociedade e os cidadãos campistas não tenham conhecimento pleno dos seus direitos como cidadão. Não procurem a justiça para resolver as pendências, e as mulheres não questionem seus direitos trabalhistas.
Agora fica a pergunta: com um secretário como esse, que promete e não cumpre, será que ele manterá sua palavra, quando inquirido a votar algum projeto de governo ou contrário a ele na Câmara Municipal?
Na minha modesta opinião, acredito que ele, se receber qualquer numerário em mãos, pode muito bem modificar o seu rumo, e o rumo do seu voto.
Pena mesmo, que a prefeita ainda mantenha esse secretário até o final do ano. Um secretário que já é tido como um dos que são inacessíveis ao público. Que não possui um bom relacionamento com outros secretários. Que acoberta erros e conchavos de outros secretários que lhe são caros, não deveria fazer parte de uma equipe de governo.
E tenho dito.
Paulo de A. Ourives