quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Câmara aprova capitalização do Funprevi


Sob clima de tensão, a Câmara de Vereadores do Rio aprovou ontem, em primeira e segunda discussões, o Projeto  de Lei 1.055/11, que capitaliza o Funprevi (Fundo Especial de Previdência do Município do Rio). Foram 32 votos favoráveis e 14 contra. Segundo o prefeito Eduardo Paes, a partir da sanção do projeto, o pagamento de aposentadorias e pensões dos servidores da prefeitura estará garantido, principalmente a partir de 2014, quando havia o risco de os benefícios não serem pagos por falta de recursos.
Paes informou à Coluna que a intenção era sancionar o texto ontem mesmo. “Quero garantir o quanto antes que o servidor que se aposentar amanhã (hoje) terá seu benefício garantido. Para que se comprove que o texto aprovado não vai alterar os benefícios conquistados por eles, como o direito à paridade com os ativos, e que não haverá contribuição previdenciária para os inativos”, explicou.
Ele também rebateu as informações de que o projeto permitiria o uso de verbas da Educação e da Saúde no repasse da contribuição suplementar para o Funprevi. “É um erro absurdo defender que vamos usar as verbas da Educação e da Saúde. Pelo contrário, em 2012, o orçamento prevê R$ 4 bilhões para a Saúde e R$ 5 bilhões para a Educação. Atualmente, as escolas em reforma somam R$ 500 milhões. Em 2009, o orçamento da Saúde era de R$ 1,8 bilhão. Não há risco de essas verbas terem outros fins ”, ressaltou o prefeito.
Paes reafirmou que o Tesouro Municipal vai bancar as aposentadorias e pensões: “Já publiquei decreto que estabelece que, se tudo o que pensamos der errado, o Tesouro cobre qualquer problema e paga os benefícios”.
Repasse de R$ 200 milhões
O projeto aprovado ontem prevê ações para garantir o pagamento das aposentadorias dos servidores. O documento estabelece que será repassada parte dos royalties de petróleo para o Funprevi. Ao todo, serão R$ 200 milhões por ano, entre 2015 e 2059.
Toda a amortização de empréstimos do Previ-Rio será transferida para o fundo, a partir de 2017. Também está prevista a transferência dos imóveis do Previ-Rio para o Funprevi, além do repasse da alíquota de contribuição suplementar da prefeitura para o fundo — estimado em R$ 944 milhões por ano.

DIVISÃO DE GALERIAS
Uma das principais queixas ontem foi a divisão das galerias da Câmara. Para a área reservada aos servidores que defendiam o projeto, houve distribuição de senhas.

FORAM BARRADOS
Já o espaço destinado aos contrários ao texto não foi totalmente ocupado. E, mesmo assim, não foi permitida a entrada de mais servidores, o que gerou alguns tumultos.

PRISÃO DE DOCENTES
Durante a votação, que durou mais de cinco horas, quem deixava a Câmara era impedido de retornar ao prédio pela segurança. Duas professoras chegaram a ser detidas.

QUEIXA DE AGRESSÃO
A coordenadora do Sepe (Sindicato dos Profissionais de Educação) Suzana Gutierrez acusou policiais de a terem agredido por tentar entrar na galeria com garrafa d’água.

SOCO NO ROSTO
Os policiais disseram que a professora teria dado um soco no rosto de um major. Ela foi liberada após intervenção de Eliomar (Psol) e Andrea Gouvêa Vieira (PSDB).
Fonte: Jornal O Dia

Opinião: Por uma questão de editoria, eu certamente não postaria esta notícia em meu blog, até porque a princípio ela não interessa aos leitores do município de Campos dos Goytacazes, já que ela é eminentemente, uma notícia de interesse dos cariocas. Mas face ao fato de que a verba dos royalties do petróleo estão em jogo, e os vereadores cariocas votaram a favor de que parte dele fosse para pagar ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais da Cidade do Rio de Janeiro. Fiquei interessado em mostrar de que forma o município do Rio de Janeiro, vem utilizando essa verba. Até porque, se alguém possui lembrança, a algum tempo atrás, vereadores, deputados estaduais, federais, e senadores, questionaram a forma pela qual os royalties do petróleo são utilizados em Campos dos Goytacazes. Agora resta saber se realmente os royalties do petróleo foram criados para pagar ao funcionalismo público ou se foram criados para serem revertidos em favor da população, em obras de infra-estrutura e melhoria de qualidade de vida.
Com a palavra, os leitores....
Paulo de A. Ourives