Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) recebeu na
semana passada a visita da consultora do Ministério de Educação (MEC), Aline Sá
Cavalcanti, responsável pelo Programa Brasil Profissionalizado. O programa visa
fortalecer as redes estaduais de Educação Profissional e Tecnológica e repassa
recursos do governo federal para que os estados invistam em suas Escolas
Técnicas. Criado em 2007, o programa possibilita a modernização e a expansão
das redes públicas de Ensino Médio integradas à Educação Profissional, uma das
metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), cujo objetivo é integrar o
conhecimento do ensino médio à prática.
Em sua visita, a consultora conheceu a Escola Estadual
de Ensino Fundamental (EEEF) República, o Centro Vocacional Tecnológico (CVT)
Marechal Hermes e se reuniu com o presidente Celso Pantera e membros da alta
direção da Faetec. Para participar do programa, é preciso seguir alguns passos
importantes para o estabelecimento do convênio, como, assinar o Compromisso
Todos pela Educação - Decreto n° 6094/97, (assinado pela Faetec em 2009);
depois deste passo, o Secretário Estadual de Educação ou Secretaria afim
formalizam junto a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec),
(vinculada ao Ministério da Educação) sobre a intenção de participar do
programa.
A Rede Faetec já cumpriu as duas primeiras etapas e
recebe agora a consultora para orientar na realização do diagnóstico e
elaboração do plano. Finalizado o diagnóstico e elaborado o plano, este será
enviado para análise da Setec. Após análise global do plano pela Setec, as
ações aprovadas serão encaminhadas para celebração de convênio junto a Fundação
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ou para atendimento via
assistência técnica.
— Fiquei impressionada com a organização da Rede
Faetec. Fico muito feliz em perceber a estrutura que o Ensino Técnico
Profissionalizante da Faetec dá ao Estado do Rio de Janeiro. O Programa que já
está em vários estados brasileiros, vislumbra estar também no Rio. Estou
deixando alguns “deveres de casa” como a formulação de planilhas orçamentárias,
discriminado todas as necessidades e seus custos, a organização da documentação
das unidades que participarão do convênio, dentre outras coisas — ressaltou a
consultora.
Qualificação — Para o Professor Etevaldo Pessanha,
Coordenador do Pólo Faetec Norte Noroeste Fluminense, esta é mais uma
oportunidade que a Faetec proporcionar aos alunos dos cursos técnicos uma
qualificação de qualidade em todo Estado. “Vamos intensificar uma política de
qualificação de nossos professores com este convênio, atualizando-os com as
novas demandas técnicas em função dos investimentos no Complexo do Açu, Barra
do Furado e do Pré-Sal”, declarou do Coordenador do Pólo Faetec Norte Noroeste
Fluminense, ressaltando que já foram repassados 1,5 bilhões de reais pelo
Ministério da Educação para estimular a implementação de Ensino Médio Integrado
à Educação Profissional em diversos estados e que o dinheiro deverá ser
empregado em obras de infraestrutura, desenvolvimento de gestão, práticas
pedagógicas e formação de professores.
A responsável pela coordenação pedagógica da Diretoria
de Desenvolvimento da Educação Básica e Técnica, Marcia Farinazo, vê boas
perspectivas no estabelecimento do convênio. “Estar participando do Programa
Brasil Profissionalizado é de extrema importância, pois viabiliza a
possibilidade da captação de recursos para as Escolas Técnicas Estaduais (ETES)
da Rede. Poderemos fazer melhorias em equipamentos, no mobiliário, no acervo e
principalmente nos laboratórios que poderão ser modernizados”, afirma Marcia
Farinazo.
Programa — O Brasil Profissionalizado leva em
consideração o desenvolvimento da Educação Básica na rede local de ensino e
realiza uma projeção dos resultados para a melhoria da aprendizagem. Um
diagnóstico do Ensino Médio contém a descrição dos trabalhos
político-pedagógicos, orçamento detalhado e cronograma das atividades. O
incremento de matrículas e os indicadores sociais da região, como
analfabetismo, escolaridade, desemprego, violência e criminalidade de jovens
entre 18 e 29 anos também são analisados.