Com a greve
dos funcionários dos Correios completando cinco dias - suspensão dos serviços
de Sedex e atrasos na entrega de correspondências -, o ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, apelou nesta segunda-feira, em nota, que os empregados tenham
responsabilidade, pois a empresa tem o monopólio - na entrega de cartas e
telegramas - e a população não pode ser prejudicada. O ministro disse ainda que
"greve não é férias" e ameaçou descontar os dias parados. O corte vai
atingir também ao vales refeição e alimentação.
Os
funcionários dos Correios no Distrito Federal decidiram em assembleia realizada
nesta segunda continuar com a greve. Eles reivindicam que o piso salarial
aumente de R$ 807 para R$ 1.635 e pedem ainda a reposição da inflação. A
empresa oferece a reposição da inflação, de 6,87%, mais R$ 50 de aumento linear
a partir de janeiro para todos os trabalhadores.
Saul Gomes
da Cruz, da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios,
Telégrafos e Similares (Fentect), o atual piso salarial da empresa está
defasado.
- Hoje o
nosso piso salarial é de R$ 807, um dos mais baixos do país - disse.
A presidente
do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Estado da Bahia (Sincotelba),
Simone Lopes, disse que os funcionários da empresa no estado farão nesta
terça-feira, em Salvador, a partir das 15 horas, uma passeata do bairro Ondina
até o Farol da Barra.
Fonte:
Jornal O Globo