terça-feira, 14 de julho de 2015

Entidades querem mudar conteúdo de PL que homenageava ex-governador paulista

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos – Acic, Amaro Ribeiro Gomes, recebeu na manhã desta quarta-feira (08) o governador distrital do Rotary Club – Distrito 4750, Américo Xavier Maia Neto. Na pauta da reunião, o governador apresentou um projeto que prestigia o campista e ex-presidente da República e do Estado do Rio de Janeiro, Nilo Procópio Peçanha, como nome para batizar a Rodovia BR-101 que corta a cidade de Campos dos Goytacazes. Este projeto criado pelo Rotary Clube – Distrito 4750 contraria disposição do PL 4194/2001, que sugere batizar a BR-101 com o nome do ex-governador de São Paulo, Mário Covas.
“Não vejo motivo para que a Rodovia BR-101 tenha o nome de Mário Covas. Ele foi governador de São Paulo, que façam homenagem para ele, lá em São Paulo. Porque a idéia de homenagear Nilo Peçanha, a Acic abraça de corpo e alma” esclarece Gomes.
O Governador do Rotary Clube – Distrito 4750, Américo Maia, é enfático ao afirmar que Campos dos Goytacazes e o Estado do Rio de Janeiro, devem muito ao ex-presidente, pelos relevantes serviços prestados por Nilo Peçanha à terra goitacá e fluminense.
“Eu considero Mário Covas um excelente governador em São Paulo, é um nome de expressão nacional, como senador brasileiro, mas nós temos de prestigiar a prata da casa, e Nilo Peçanha é campista e fluminense. Vamos substituir sim, porque nada mais justo do que prestigiarmos Nilo Peçanha que sempre ajudou o interior do Estado do Rio de Janeiro” acrescenta o governador.

Nilo Peçanha – Foi o primeiro campista presidente da República e foi ainda o primeiro campista a ocupar a presidência do antigo Estado do Rio de Janeiro, numa posição que atualmente é ocupada pelo Governador do Estado. Formado em Direito pelas faculdades de Direito de São Paulo e do Recife, Nilo Procópio Peçanha, participou das campanhas abolicionistas e republicanas. Foi eleito para a Assembléia Constituinte em 1890. Em 1903, foi eleito senador e presidente do Estado do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906, quando foi eleito vice-presidente. Com a morte do presidente da República Afonso Pena, em 1909, assumiu a presidência da República. Seu governo foi marcado por agitação política em razão de divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador. Entre as inúmeras que marcaram seu governo, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios, e inaugurou o ensino técnico no Brasil.

Retornou ao Senado em 1912, e dois anos depois foi novamente eleito presidente do Estado do Rio de Janeiro. Em 1917, assumiu o Ministério das Relações Exteriores e em 1918, foi eleito senador federal. Veio a falecer em 1924, quando já estava afastado da vida política.