sexta-feira, 11 de março de 2011

Inflação abre março em alta - Alimentos, transportes e habitação puxaram o indicador semanal da FGV para cima

O mês de março mal começou e já dá sinais de aceleração na inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), atingiu 0,59%, acima dos 0,49% da medição anterior. Alimentos, transportes e habitação puxaram o indicador para cima.
Segundo a FGV, os alimentos in natura tiveram forte alta. Tomate (16,12%), cenoura (16,68%) e frutas (1,46%) aqueceram a inflação. A alimentação ficou mais cara, mesmo com a queda de preço de vários tipos de carne, como filé-mignon (-12,03%) e do açúcar (-2,43%).
Os brasileiros também estão pagando a mais pelos cigarros (2,04%), pelo aluguel (0,77%) e pelas tarifas de telefonia móvel e celular (1,98%).
Aumentos nas passagens de metrô e ônibus em capitais, no entanto, foram os que contribuíram mais para a inflação. O grupo transportes subiu 1,08%, como um todo.
Já a alta de 0,54% no grupo Saúde e Cuidados Pessoais foi muito influenciada pelo encarecimento dos valores cobrados pelos dentistas, de 0,72%. O vestuário serviu de contrapeso, com queda de 0,16%, por conta das liquidações de verão. Os calçados foram o destaque, com queda de 0,10%.
MAIS PRESSÃO
O economista da FGV André Braz acredita que este ano os alimentos vão continuar pressionando a inflação, mas não vão repetir as mesmas altas do ano passado. “Não aposto em queda ainda maior da carne nem dos produtos ‘in natura’. Os alimentos devem continuar sendo um fator de pressão para a inflação em 2011”, prevê.