A greve dos
bancários terminou seu sétimo dia sem avanços entre as partes. De acordo com a
Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), 7.950 agências
ficaram fechadas no país nesta segunda-feira --em torno de 40% do total.
Há, no Brasil, cerca de 20 mil agências bancárias.
Sem diálogo, aumenta adesão a greve de bancários e nos Correios
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Segundo
fontes do setor, a expectativa é que não seja feita uma nova proposta por parte
dos bancos até os grevistas cederem de sua reivindicação de aumento de 12,8%
sobre o salário, além de aumento de 5% da PL (participação de lucros).
A Fenaban
(Federação Nacional dos Bancos) propõe aumento de 0,56%, além de correção da
inflação.
A Justiça
pode interferir na greve se for acionada por uma das partes, o que ainda não
ocorreu.
Por lei, a
compensação de cheques e DOCs, considerada serviço essencial, não pode
interrompida e deve ter mantidos seus prazos estipulados pelo Banco Central.
O comando
nacional de greve reclama do "silêncio" da Fenaban (Federação
Nacional dos Bancos). Segundo a Contraf (federação dos trabalhadores), a
entidade patronal não manifestou, até agora, intenção de retomar as
negociações.
Para
potencializar o movimento, os funcionários dos Correios e os bancários em greve
fizeram uma manifestação conjunta na tarde de sexta-feira (SP) no centro da
capital paulista.
Funcionários dos Correios e bancários durante manifestação
conjunta no centro de São Paulo, na sexta (30)
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Representantes
dos trabalhadores dos Correios têm uma audiência de conciliação amanhã, no
Tribunal Superior do Trabalho, para tentar encerrar a greve, que está
completando 20 dias.
A greve pode
ser encerrada ainda nesta terça-feira, caso haja avanço nas negociações durante
a audiência.
Segundo a
Fentect (federação dos trabalhadores), o principal entrave atual nas
negociações é a data em que vai vigorar o aumento real.
Os
trabalhadores querem incremento de R$ 200, a ser pago a partir da data base de
1º de agosto, ou incorporação de abono de R$ 800 ao salário total.
Os Correios
propõem aumento de R$ 80, a partir de janeiro de 2012, e abono imediato de R$
500.
Outra
reivindicação é uma compensação para o corte no salário de setembro dos dias
parados.
Os Correios
estimam que 23% dos 107 mil funcionários estejam em greve atualmente --o
sindicato fala em perto de 70%. O último balanço da empresa aponta 120 milhões
de objetos estão com a entrega atrasada --o que corresponde a 35% do total. A
demora na entrega está atualmente entre três e quatro dias.
Fonte:
Jornal Folha de São Paulo