terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bancários mantêm paralisação; Correios podem voltar nesta terça



A greve dos bancários terminou seu sétimo dia sem avanços entre as partes. De acordo com a Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), 7.950 agências ficaram fechadas no país nesta segunda-feira --em torno de 40% do total.

Há, no Brasil, cerca de 20 mil agências bancárias.
Sem diálogo, aumenta adesão a greve de bancários e nos Correios

Segundo fontes do setor, a expectativa é que não seja feita uma nova proposta por parte dos bancos até os grevistas cederem de sua reivindicação de aumento de 12,8% sobre o salário, além de aumento de 5% da PL (participação de lucros).
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) propõe aumento de 0,56%, além de correção da inflação.
A Justiça pode interferir na greve se for acionada por uma das partes, o que ainda não ocorreu.
Por lei, a compensação de cheques e DOCs, considerada serviço essencial, não pode interrompida e deve ter mantidos seus prazos estipulados pelo Banco Central.
O comando nacional de greve reclama do "silêncio" da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Segundo a Contraf (federação dos trabalhadores), a entidade patronal não manifestou, até agora, intenção de retomar as negociações.
Para potencializar o movimento, os funcionários dos Correios e os bancários em greve fizeram uma manifestação conjunta na tarde de sexta-feira (SP) no centro da capital paulista.

Funcionários dos Correios e bancários durante manifestação 
conjunta no centro de São Paulo, na sexta (30)

Representantes dos trabalhadores dos Correios têm uma audiência de conciliação amanhã, no Tribunal Superior do Trabalho, para tentar encerrar a greve, que está completando 20 dias.
A greve pode ser encerrada ainda nesta terça-feira, caso haja avanço nas negociações durante a audiência.
Segundo a Fentect (federação dos trabalhadores), o principal entrave atual nas negociações é a data em que vai vigorar o aumento real.
Os trabalhadores querem incremento de R$ 200, a ser pago a partir da data base de 1º de agosto, ou incorporação de abono de R$ 800 ao salário total.
Os Correios propõem aumento de R$ 80, a partir de janeiro de 2012, e abono imediato de R$ 500.
Outra reivindicação é uma compensação para o corte no salário de setembro dos dias parados.
Os Correios estimam que 23% dos 107 mil funcionários estejam em greve atualmente --o sindicato fala em perto de 70%. O último balanço da empresa aponta 120 milhões de objetos estão com a entrega atrasada --o que corresponde a 35% do total. A demora na entrega está atualmente entre três e quatro dias.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo