segunda-feira, 21 de março de 2011

Sete dicas para não se prejudicar nas redes sociais

Segundo especialistas, as informações publicadas podem ter um peso muito grande e prejudicar profissionalmente
As redes sociais vêm se tornando parte também da vida profissional das pessoas. Construir um networking, trocar informações, conseguir colocações, divulgar portfólio e buscar recomendações de chefes e colegas são algumas das oportunidades que redes como Facebook, Twitter, Orkut e Linkedin oferecem.
Mas como viver bem conjugando suas necessidades profissionais e pessoais? Veja algumas dicas dos especialistas consultados pelo iG Carreiras:
1. Escolha a mensagem de acordo com o canal – “Se uma pessoa se propõe a ter um perfil em uma rede social, ela tem que saber que as informações divulgadas serão acessadas por diversos públicos . Por isso, para falar sobre assuntos mais pessoais, tenha um canal de acordo, como o Orkut e o Facebook. Questões profissionais podem ser tratadas no Linkedin. Tudo é uma questão de saber se adequar”, aconselha Lívia Lampert, presidente da Associação Brasileira das Agências Digitais do Rio Grande do Sul.

Mas, segundo Maurício Noznica, que atua na área de planejamento da agência de publicidade Rinocon, independentemente de pessoal ou profissional, é preciso agir sempre como se estivesse em um local público. “As informações que estão na rede podem ser acessadas por qualquer pessoa. Isso exige cuidado. O ideal é deixar suas intimidades e radicalismos para momentos individuais mesmo.”
2. Tenha cuidado com o que publica – “O importante é fazer um bom uso da rede social. Não publique coisas irrelevantes que possam atrapalhar sua imagem. O fundamental é aproveitar ao máximo que aquele canal tem para oferecer”, afirma Lívia.
Segundo Camilla Faccini, analista de recursos humanos da Training X, é preciso muito cuidado com o que você expõe nas redes de relacionamento. “Além disso, as pessoas às quais você está ligada também podem interferir muito. É preciso ter cautela e limitar seus amigos, para que você não seja surpreendido com comentários sobre a sua vida pessoal.”
3. Saibar usar seu perfil social – “A pessoa não precisa fazer dois perfis: um profissional e um pessoal. O importante é saber segmentar. Buscar uma rede para as necessidades de trabalho e outra para amigos”, destaca Lívia.
Na opinião de Camilla, dois perfis podem mais atrapalhar do que ajudar. “Se você tem dois perfis na mesma rede, pode ficar parecendo que quer esconder algo ou mostrar uma pessoa que não é. Não vale a pena. É melhor ser mais cuidadoso e evitar escrever coisas que possam te prejudicar.”
Para Noznica, o ideal seria ter dois perfis para cada rede. Um para conversar amenidades e outro mais profissional. Entretanto, isso é inviável. “Para ter dois perfis em cada lugar, você iria passar o dia todo atualizando. Hoje há muitas ferramentas e redes sociais. É mais fácil você prestar atenção no que escreve do que fazer perfis diferentes.”
4. Direcione as redes de acordo com seus objetivos – “O Linkedin, por exemplo, tem um lado mais profissional. Já o Facebook e o Orkut são mais uma rede de relacionamento com amigos, algo mais pessoal. Assim, é importante que a pessoa tome cuidado em não colocar coisas irrelevantes em cada um deles”, ressalta Camilla.
5. Atenção com os recrutadores – Algumas empresas utilizam as redes sociais para definir o perfil de quem estão contratando. “As informações que são publicadas podem acabar prejudicando a pessoa na hora da contratação. Muitos recrutadores usam isso até na finalização de processos seletivos”, diz Camilla.
6. Cuidado ao endossar comunidades ou páginas de terceiros – Participar de comunidades que incitem o ódio ou o preconceito, por exemplo, pode ser um tiro no pé de quem está em um processo de recrutamento – e, de resto, pode prejudicar sua imagem com todos os seus contatos.
7. Não negue convites – Quando você entra em uma rede social, precisa ter a consciência de que estará exposto. “Não tem como fechar essa rede e negar convites de conhecidos do trabalho apenas porque não quer que eles te conheçam no lado mais pessoal. Se você aceita em uma rede, como o Linkedin, mas não aceita no Facebook, fica parecendo que você tem algo a esconder”, destaca Camilla. Por isso, o cuidado com o que você deve ou não publicar sobre você.