sexta-feira, 8 de abril de 2011

Patrões não vão à audiência e greve de vigilantes continua

Usuários seguem prejudicados

Após reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) em Campos, na tarde de ontem, os vigilantes decidiram manter a greve por tempo indeterminado, após 16 dias de paralisação. Ficou acordado apenas com os representantes do Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e a empresa CJF, que presta serviços de segurança ao Itaú, que a partir de hoje as agências abrirão com um segurança apenas para compensação bancária, e não para o atendimento ao público.
Nenhum representante do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Rio de Janeiro (Sindesp-RJ) compareceu à audiência no MPT para apresentar contraproposta. Segundo o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campos, Luiz Carlos Rangel da Rocha, quem compareceu à reunião não tinha poderes de negociação. “A compensação bancária é considerada essencial, mas continuamos em greve até nossas reivindicações serem atendidas. Não esperávamos mesmo comparecimento do representante do Sindesp-RJ”, comentou Luiz, esclarecendo que as empresas se comprometeram a não trazer funcionários de outros estados para substituir os grevistas, pois infringiriam a lei. “Nossa intenção é negociar”.
O presidente da Federação dos Vigilantes, Fernando Bandeira, explicou que o acordo de ontem no MPT foi a legalização da greve. “O MPT reconheceu nossos direitos. Este é o único instrumento que temos para negociar com os empresários, mas, de acordo com lei, a compensação bancária é uma atividade essencial e vai funcionar com um vigilante e com as agências fechadas”.
Fernando informou que a partir de segunda-feira (11), vigilantes de Volta Redonda e Sul Fluminense aderem à greve. E no dia seguinte a paralisação se estenderá à cidade do Rio de Janeiro. Na região de Cabo Frio a paralisação começou ontem. A categoria pede reajuste de 10%, 30% de risco de vida e ticket de R$ 15. Os patrões oferecem 1,5% e ticket de R$ 8,80.
Fonte: Jornal O Diário