quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Comerciante fuzilado a 20 metros de faculdade


Reprodução Jornal O Diário


Claudio Elizias Faria foi morto a tiros, no próprio carro, na Rua Marechal Floriano, a 20 metros da Faculdade de Direito de Campos
O comerciante Claudio Elizias Faria, de 37 anos, foi assassinado a tiros no início da noite desta quarta-feira em Campos.
O crime foi na Rua Marechal Floriano (antiga Ouvidor), uma das mais movimentadas do Centro, chamando a atenção de moradores e de quem passava pelo local. Claudio foi surpreendido pelos homicidas quando já estava no interior do Gol branco de placa MTT-5426 (Guarapari-ES), estacionado a 20 metros da Faculdade de Direito de Campos (FDC). A vítima era sobrinho do ex-vereador Álvaro César Faria.
Segundo a polícia, dois homens em uma motocicleta de cor e placa não anotadas pararam ao lado do carro. O carona desceu e chegou até Claudio, fazendo os disparos. O homicida passou em frente ao veículo e deu mais três tiros no pára-brisa. Em seguida, abriu a porta do carona e teria apanhado uma mala prata onde estariam cerca de R$ 300 mil em dinheiro. A polícia não descarta a hipótese de emboscada.
Cápsulas 380 - Ao redor do carro, policiais militares encontraram 15 cápsulas de pistola calibre 380. Peritos do Posto Regional de Polícia Técnico-Científica (PRPTC) não puderam precisar quantos tiros a vítima levou. Policiais civis da 134ª Delegacia Legal (DL/Centro) obtiveram imagens do circuito interno de uma casa próxima para ajudar na investigação.
Trânsito ficou tumultuado no local e teve que ser desviado
O corpo foi removido pelo Rabecão do 5º Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) para o Instituto Médico Legal (IML). Claudio morava da Rua Vitor Sence, no Jardim Carioca, em Guarus.
Trânsito - A antiga Ouvidor, no trecho entre as Ruas Saldanha Marinho e Tenente Coronel Cardoso (Formosa), foi interditado. Motoristas que seguiam no sentido Centro tiveram que trafegar pela Rua Marechal Deodoro. Guardas municipais controlaram o trânsito.
Fonte: Jornal O Diário
Opinião – Normalmente não publico matérias de cunho policial, porque a vida já está marcada por diversas tragédias e a família da vítima muitas vezes acaba pagando um preço muito alto pelo sensacionalismo efetuado pelos veículos de comunicação. O que por sinal, reprovo, veementemente. Entretanto, não posso me furtar a publicar esta notícia, porque naquele mesmo instante, eu estava a pelo menos 600 metros de distância do local, na esquina das ruas Oliveira Botelho e Marechal Floriano, em frente à sede do Sindicato dos Bancários, quando ouvi os disparos.
O fato por si só é lamentável. Mas mais lamentável ainda é quando ouvimos alguém dizer que Deus não existe. Ele existe sim, porque como o trânsito estava muito tumultuado na citada esquina, eu já estava me propondo a ir até a rua Tenente-Coronel Cardoso para voltar para casa. Mas na última hora, quando encontrei uma brecha, atravessei a rua em frente ao Sindicato. Agora me pergunto, e se eu tivesse prosseguido em direção a rua Tenente-Coronel Cardoso? O que teria acontecido comigo? Talvez fosse vítima também, mas ainda bem, que ouvi minha consciência interior e mudei o meu trajeto.
Lamentável ainda é o erro cometido pelos peritos (vide texto acima). Ora, se foram encontrados 15 cápsulas de pistola, é lógico e evidente que a vítima recebeu pelo menos 15 tiros.
Pois é praticamente a mesma quantidade de disparos que eu ouvi.