Cresceu a
adesão à greve dos bancários nesta quarta-feira, de acordo com números
divulgados pelo sindicato. Foi o segundo dia de paralisação da categoria.
A Contraf
(Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) informou que 6.248
agências não funcionaram em 25 estados e no Distrito Federal.
Isso
significa um aumento de 49% no total de unidades que ficaram fechadas, na
comparação com o dia anterior, quando 4.191 agências não funcionaram.
Segundo a
Febraban (Federação dos Bancos), há 20.073 agências em todo o Brasil.
Em São
Paulo, 750 agências fecharam, de acordo com balanço do sindicato local.
Estima-se que 22.500 trabalhadores participaram das paralisações.
Apenas em
Roraima os bancos funcionaram normalmente. Esse cenário, no entanto, está com
os dias contados. O sindicato local aprovou que os bancários de Roraima entrem
em greve a partir da próxima segunda-feira.
Enquanto
isso, segue o impasse entre patrões e trabalhadores. Não houve negociação
durante o dia e nenhuma reunião para tratar da questão foi agendada.
Os grevistas
pleiteiam 12,8% de aumento sobre pisos e salários, além de ampliação dos ganhos
nas participações nos lucros, entre outras exigências. Os banqueiros ofereceram
8%. A proposta foi recusada.
O piso
salarial dos bancários é de R$ 1.250, de acordo com o sindicato.
A Fenaban
(federação dos bancos) informou que aguarda a retomada das conversações com o
Comando Nacional dos Bancários, para a definição de um acordo. A entidade, no
entanto, não especificou se prepara uma nova proposta.
"A
paralisação dos bancários segue parcial, mas causando muitos transtornos à
população", ressaltou, em nota, a Fenaban.
Fonte:
Jornal Folha de São Paulo