Uma pesquisa
indicou que os estudantes de Comunicação Social têm pior desempenho na escrita
do que os universitários da área de exatas, como Engenharia, por exemplo. No
estudo, os engenheiros obtiveram a melhor avaliação e 87,5% conseguiram passar
nos testes. Na outra ponta estão os alunos de Comunicação, 65,3% deles foram
reprovados. A pesquisa foi conduzida pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube),
centro de recrutamento e seleção de estagiários.
O teste foi
feito entre 1 de janeiro e 31 de agosto de 2011 e dez mil candidatos a vagas de
estágio realizaram um ditado de 30 palavras, que permitia até seis erros.
Dentre as palavras avaliadas estavam: desajeitado, autorizar, exceção,
seiscentos e anexo.
Para a
coordenadora de Recrutamento e Seleção do Nube, Natália Caroline Varga, a
constatação surpreendente é o retrato da falta de candidatos qualificados para
as carreiras que elegeram. “Isso nos mostra um pouco como está o mercado: temos
muitos candidatos, mas poucos qualificados para algumas áreas”, explica.
Segundo ela,
muitos estudantes ainda não têm noção da área que escolheram e não investem na
leitura e escrita. “Muitos escolhem a profissão sem ter noção do que acontece
no dia-a-dia. Alguns escolhem Jornalismo achando que vão apenas aparecer na TV
e não fazer vários tipos de matérias diferentes, como acontece”.
Natália
também acredita que os estudantes se preocupam com outros idiomas e cursos, mas
esquecem da própria língua. Por outro lado, gastam muito tempo com
entretenimento. “Os estudantes passam horas nas redes sociais, o que não ajuda
na melhora do Português. Também falta incentivo à leitura nas escolas e nas
próprias universidades”, conclui.
Fonte:
Comunique-se
Opinião: No site Comunique-se algumas pessoas
postaram comentários a esta notícia. Creio que muitas delas, sem o menor
embasamento e conhecimento de causa. Simplesmente, porque não vieram de regimes
educacionais anteriores, viveram sob a égide da anarquia pós-ditadura e das
constantes greves. Querer culpar os professores, parece fácil, mas o problema é
bem maior. O problema ao meu ver, é de todos, do Estado, das faculdades e também
dos alunos.
Senão
vejamos, o Estado paga mal, as universidades pagam mal, e consequentemente, os
professores de todos os níveis, sentem-se desmotivados por não poderem receber um
salário digno que lhes proporcione bem-estar e satisfação para entrar em sala
de aula e ministrar uma aula.
A culpa
também é dos estudantes, que após atingirem a adolescência, acham que tudo na vida
se restringe a diversão. Escolhem mal, seus “amigos”, e abrem mão da família
por esses “Amigos-do-Onça”, que só servem para tirar o foco do que deveria ser
o objetivo de qualquer jovem, adquirir conhecimento, preparar-se e bem para
executar em alguns anos, uma profissão digna, que lhes dê motivação e
independência financeira.
Quando
cursei os bancos da universidade, depois de muitos anos afastado dos livros e
cadernos escolares. Fiquei deveras ansioso, para ver o dia em que um professor
me pediria para escrever uma redação. Estranhamente o fato só aconteceu depois
de um ano e meio, quando já cursava o quarto período de Comunicação Social, e
lembro até hoje, que pus o sugestivo título de “Até que enfim!”. Criticando o
fato de que até que enfim um professor se lembrou que num curso de comunicação
social, a matéria que deveria fazer parte da grade de forma massiva, era justamente
redação.
Nos
comentários postados no site, uma pessoa fez referência ao imediatismo da
internet, e ao fato de que os universitários perdem seu tempo com sites de
relacionamento, nesse caso, concordo em número, gênero e grau. Pois via essa
situação na faculdade. Mas enquanto, eles se divertiam, eu aproveitava meu
tempo para fazer um tour pela biblioteca, para pesquisar e ler sumário de
diversos livros, com o intuito de preparar-me para aquilo que é o terror de
muitos universitários que chegam ao final do curso, a tão mal-desejada
monografia ou tcc.
Mas concluo
o meu pensamento, com as palavras do amigo, Wilson Heidenfelder.
“Temos de
torcer para que haja muitos imbecis no curso que fazemos, pois só assim, nosso
currículo terá muito mais valor do que o deles”.
Valeu
Wilson!
Paulo de A.
Ourives