A Caixa
Econômica Federal decidiu ampliar em uma hora o expediente em suas agências
para conseguir normalizar o atendimento após a greve de 21 dias dos bancários.
A medida vale a partir de quarta-feira, 19, e vai até o dia 28.
Cada
regional da Caixa vai definir se prefere iniciar o trabalho uma hora mais cedo
ou se seguirá com o expediente até mais tarde.
Em São
Paulo, a volta ao trabalho dos bancários foi marcada por filas, especialmente
nas agências da Caixa e do Banco do Brasil, instituições públicas que tiveram
adesão maior à greve.
Agências
localizadas em bairros como Vila Nova Cachoeirinha (zona norte) tiveram mais
fila do que as da avenida Paulista e do centro velho de São Paulo. Na agência
central da Caixa em São Paulo, houve filas para retirada de documentos como
extrato do FGTS e para negociar financiamento imobiliário.
FIM DA GREVE
Os bancários
decidiram oficialmente ontem voltar ao trabalho após 21 dias de paralisação,
embolsando um reajuste salarial de 1,5% acima da inflação (9% de aumento).
O fim da
greve --a maior desde 2004-- foi selado ontem em assembleias de trabalhadores
do setor privado em todo o país, mas, na prática, havia sido decidido na sexta
em acordo de negociadores "profissionais" de ambos os lados.
Assembleias de São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba acataram a proposta.
2011 é o
oitavo ano consecutivo de aumento acima da inflação para a categoria.
GOVERNO
CONTRA
Além da
disputa com os bancos privados, os trabalhadores também entraram em embate
neste ano com o governo Dilma Rousseff por conta dos bancos públicos.
Preocupado com a escalada de preços, o governo orientou estatais com os
Correios, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a evitar aumentos
salariais acima da inflação.
No caso dos
Correios, a disputa foi parar na Justiça, que determinou o fim da greve, deu
aumento de R$ 80 (acima da inflação) e mandou os grevistas reporem os dias.
Já os
bancários terminam a greve sem interferência da Justiça e sem reposição dos
dias perdidos. Em todo o país, os bancários são 484 mil --135 mil na Grande São
Paulo.
Fonte:
Jornal Folha de São Paulo