Proposta eleva em 11,7% benefícios de segurados que recebem acima
de R$ 545. Aprovação está nas mãos de Dilma
A proposta
que reajusta em 11,7% os benefícios de aposentados e pensionistas do INSS que
recebem acima do mínimo (R$ 545) pode sair já nas próximas semanas. A Força
Sindical e o Sindicato dos Aposentados, ligado à entidade, encaminharam à
Presidência da República pedido de audiência urgente com a presidenta Dilma
Rousseff.
Caso ela
aprove os 11,7% de aumento — que considera a inflação em 5,7%, mais 80% do PIB
—, aposentados que recebem acima do piso nacional contarão com pouco mais de R$
30 extras na conta. Já para quem ganha o teto previdenciário (R$ 3.689), o
aumento seria de R$ 221.
Segundo as
lideranças da Força Sindical, a resposta da Presidência deverá vir em menos de
duas semanas. Caso contrário, aposentados vão organizar protestos. “Se Dilma
não nos chamar para o debate, vamos fazer pressão em cima do Congresso Nacional.
Também já estamos planejando ações para 1º de outubro, Dia Nacional do Idoso. A
fórmula de reajuste é negociável, o que não dá é não sermos ouvidos”, disse
João Batista Inocenttini, presidente do Sindicato dos Aposentados e
Pensionistas da Força.
Para o
diretor nacional da Cobap (Confederação
Brasileira de Aposentados e Pensionistas), Luiz Legnani, independente do
índice, o que importa é recompor o poder de compra dos segurados: “Queremos
garantir um reajuste real para quem ganha acima do mínimo. Pode ser 80% sobre o
PIB ou até 60%, mais a inflação. Infelizmente, todo ano, os aposentados só
ganham alguma migalha por meio de mobilização”.
Governo quer
dar apenas a inflação
Ao vetar, no
mês passado, a proposta de reajuste dos aposentados, que havia ganho artigo na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, a presidenta Dilma Rousseff
deixou claro que estava reticente sobre o aumento dos segurados do INSS que
ganham acima do salário mínimo (R$ 545). A emenda, do senador Paulo Paim
(PT-RS), previa reajuste de 100% sobre o PIB, mais inflação do ano de 2011. No
entanto, o governo concedeu apenas o percentual de inflação, medido pelo INPC
(Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que deve fechar em 5,7%.
Fonte:
Jornal O Dia