sexta-feira, 16 de setembro de 2011


Rio poderá ter perdas imprevisíveis
Em nota, governador Sérgio Cabral diz que proposta da União em alterar a distribuição dos royalties do petróleo provocará grave desequilíbrio fiscal
O governo do Rio criticou ontem a postura da União em querer alterar a distribuição de royalties de campos de petróleo já licitados pelo sistema de concessão. Segundo o governador Sérgio Cabral, “a perda de receita expressiva como a dos royalties e da participação especial importaria em grave desequilíbrio fiscal e orçamentário do Estado do Rio de Janeiro, com consequências imprevisíveis”.
Em nota, o governo afirmou que a receita de royalties já está integrada aos seus respectivos patrimônios “por menor que seja”. Cabral destacou que as receitas dos royalties e participação especial são indispensáveis para o equilíbrio do orçamento do estado e dos municípios produtores.
PROPOSTA DA UNIÃO
Na quarta-feira, em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com senadores e propôs reduzir de 26,25% para 25%, já em 2012, a fatia dos estados produtores. A União quer que a fatia de municípios produtores caia de 26,5% a 18% em 2012, até atingir 6% em 2020.
Cabral afirma que o estado e vários municípios são titulares do direito constitucional de receber royalties e participação especial pela exploração de campos de petróleo situados na plataforma continental do seu território.
“Além de inconstitucional, não resolveria o problema de nenhum outro ente da Federação, mas levaria o Estado do Rio e os seus municípios a uma situação de calamidade orçamentária”, finaliza a nota.
No twitter, Cabral diz que não aceita
Após divulgar a nota, o governador Sérgio Cabral continuou a criticar a União via twitter. Cabral reafirmou que não aceita a proposta do governo federal e disse que vai à Justiça, caso retirem fatias dos royalties do estado.
O governador voltou a defender a proposta de corrigir a tabela de cobrança de participação especial paga por empresas petrolíferas, que não é atualizada desde 1998. A correção poderia render R$ 3 bilhões, que seriam destinados a estados e municípios não produtores.
Ontem, porém, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que vai entrar na Justiça se houver mudanças na cobrança da participação especial (PE), que é paga sobre os campos de petróleo com grande produtividade. Gabrielli deixou claro ser contra a proposta de Cabral.
Fonte: Jornal O Dia

Opinião: Lamentavelmente, um dos deputados federais da região norte-fluminense, que deveria estar na Câmara lutando pela defesa dos royalties do petróleo, por ‘vaidade’ e rixa política com o atual Governador, que ‘ele ajudou a eleger’, prefere lutar por direitos difusos. Como já acontece há muitos anos, a região norte-fluminense continua abandonada, por não possui um representante a altura dos interesses da região, em Brasília.